Potencial da cotonicultura e do setor têxtil de Campo Verde impressiona visitantes

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De: Prefeitura Municipal de Campo Verde

Com uma das maiores áreas plantadas e uma grande produção de algodão, além de 15 usinas de beneficiamento e quatro fiações em operação, Campo Verde é o maior polo têxtil de Mato Grosso e o maior produtor de fios do Centro-Oeste brasileiro, com quase 5 mil toneladas/mês.

Todo esse potencial impressionou o grupo de empresários do Paraná, São Paulo, Bahia e Santa Catarina, que participou do primeiro tour “Da Fibra ao Fio”, idealizado pela Prefeitura de Campo Verde com apoio do Governo do Estado.

O evento teve início na sexta-feira à noite, com um jantar realizado na sede da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), que contou com a presença do governador Mauro Mendes, do secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Cesar Miranda e de representantes da cotonicultura mato-grossense.

Mauro Mendes elogiou a iniciativa da Prefeitura de Campo Verde em promover o tour como forma de expor as características do município voltadas ao setor têxtil com o propósito de prospectar novos investimentos. “O prefeito Alexandre está de parabéns por ter uma iniciativa brilhante, exitosa, que está se mostrando um sucesso porque conseguiu trazer a Mato Grosso diversos empresários e empresas da cadeia têxtil no Brasil”, disse o governador.

De acordo com Mauro Mendes, conhecer toda a cadeia têxtil de Campo Verde fará com que os empresários tenham confiança em investir no estado e no município. “E saber que aqui, além de ser já um grande produtor de algodão, nós já demos os primeiros passos para nos tornarmos também uma potência na indústria de transformação desse algodão nos próximos passos da cadeia têxtil”, destacou o governador.

Neste sábado, os empresários visitaram, pela manhã, a sede da Cooperfibra, onde participaram de um café da manhã e em seguida visitaram a fiação da Cooperfios, empresa que foi desmembrada da Cooperfibra, e que está ampliando a sua capacidade de produção de 1,2 mil toneladas para 2,4 mil toneladas mês.

Depois da visita à unidade de produção de fios, o grupo seguiu para a Fazenda Filadélfia, do Grupo Bom Futuro, onde conheceu uma lavoura de algodão em fase de crescimento, assistiram a uma palestra com o secretário Cesar Miranda, que falou sobre as potencialidades de Mato Grosso, dos investimentos que estão sendo feitos pelo Estado em logística e dos incentivos oferecidos à indústria e a outros setores da economia. O tour foi encerrado com um almoço oferecido pelos proprietários da fazenda.

“É o Município de Campo Verde despontando, mostrando as suas potencialidades, para que a gente possa, no futuro, fazer novos negócios. Saber que existe aqui um solo fértil para o crescimento dessa tão importante matéria-prima, que é o nosso algodão”, frisou o prefeito Alexandre Lopes de Oliveira.

Em agosto do ano passado, Campo Verde participou da Febratex – Feira Brasileira da Indústria Têxtil, realizada em Blumenau, o que serviu para divulgar ainda mais o município e atrair investimentos. E os resultados começam a aparecer. “Nós já temos um industrial que adquiriu uma área em Campo Verde para montar uma indústria de suprimento ligada a cadeia têxtil. Fica aqui os nossos agradecimentos a todos que se envolveram com isso. É Campo Verde mostrando as suas potencialidades, que certamente resultará em novos negócios para a cadeia têxtil e o crescimento dessa tão importante matéria-prima que tão bem produzimos aqui em Campo Verde, que é o algodão”, ressaltou.

Veja o que disseram os participantes do tour “Da Fibra ao Fio”:

“Campo Verde tem um potencial gigantesco de desenvolver a indústria têxtil, principalmente pela questão logística. O algodão já está aqui, eu não preciso gastar tempo levando ele para São Paulo ou para o Sul. Tendo a fiação aqui eu já ganho competitividade no âmbito nacionalOutras cadeias têxteis, com a implementação da fiação, vão vir junto. Então, é mais crescimento para a região”.  David Flaibam Frare Geco – Alpina Têxtil

“Se hoje, nós fossemos partir do zero, a gente iria construir uma indústria aqui nessa cidade, em função de, logisticamente, estar muito bem posicionada, já tendo uma indústria como a Cooperfibra, agora a com a Incofibras também, já tem mão-de-obra – que é uma das grandes dificuldades desse setor; em função de ter o algodão na porta [da fábrica]. Com a infraestrutura que vocês estão fazendo, com a política toda atraindo, como vocês estão fazendo, com o Governador, com o Secretário de Estado, com o Prefeito, com isso tudo que está sendo feito, eu acho que aqui tem tudo para crescer cada vez mais na área, não só da fiação, mas da tecelagem, do acabamento e da confecção para daqui ir para os principais mercados consumidores do Brasil. Vocês estão de parabéns”. Sérgio Benevides Filho, gerente de compras de algodão da Companhia Valença Industrial e coordenador do Comitê de Algodão da ABIT.

“Falando de indústria têxtil, Campo Verde é o lugar certo, na hora certa. Nós temos uma posição geográfica fantástica do município, num raio aí de 200 quilômetros você atinge 1,5 milhão de pessoas. O município tem a maior produção dentro do estado de algodão, algodão de altíssima qualidade. Quer dizer: é investir e ter retorno. E o Governo do Estado, atendendo o prefeito Alexandre e também aqueles empresários do ramo do algodão, da fiação, que já estão instalados em Mato Grosso, melhorou ainda mais os incentivos fiscais. As condições estão todas criadas e tenho certeza que esse trabalho vai render bons frutos, com novos investimentos, novas indústrias em Campo Verde, aumento da verticalização da cadeia do algodão, principalmente gerando emprego e qualidade de vida para a população”, Cesar Miranda, secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico.   

“Era necessário fazer essa ação, atrair essas indústrias. E o trabalho foi muito bem feito, com um preparo até da Legislação Estadual, para que se tenha mais incentivos ainda para trazer essas indústrias e também, logicamente, a Prefeitura poder estar trazendo, preparando, mostrando o que tem de melhor no município. Temos uma evolução, até inclusive, das indústrias que já estão instaladas em Campo Verde, mas nós podemos acompanhar essa evolução em novas empresas. Isso é muito bom. Vamos torcer, vamos trabalhar para que tenha cada vez mais essa ampliação do nosso parque fabril para, realmente, nós termos o polo têxtil de Mato Grosso em Campo Verde. Nós temos todas as condições para isso”. Alexandre Schenkel, presidente da ABRAPA.