Em Cuiabá e em Várzea Grande, as câmeras devem ser instaladas nos próximos 60 dias. A Secretaria de Educação apresentou sete propostas para garantir a segurança nas escolas.
Por Kessillen Lopes e Luiz Gonzaga Neto, g1 MT e TV Centro América
O governo de Mato Grosso anunciou a instalação de cinco mil câmeras de monitoramento nas escolas do estado. Em reunião nesta quarta-feira (12), a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) também apresentou sete propostas de segurança para a rede pública de ensino.
Principais propostas apresentadas:
- Central de atendimento via WhatsApp
- Ronda policial ostensiva
- Botão do pânico
- Câmeras de segurança e central de monitoramento
- Ampliação da cultura de paz nas escolas
- Psicólogos para alunos e professores
- Fechamento dos portões e acesso somente para funcionários e estudantes; pais deverão agendar entrada nas escolas
As novas medidas foram anunciadas após registros de ataques em escolas do país e ameaças a unidades de ensino do estado.
“Hoje vivemos um momento de tensão no país. Tivemos uma reunião com entes de várias instituições. Penso que todas essas ações, juntas, podem fazer a diferença”, pontuou a promotora da Comarca de Cuiabá, Gileade Maia.
Em Cuiabá e em Várzea Grande, região metropolitana, as câmeras de segurança devem ser instaladas nos próximos 60 dias, segundo o estado. De acordo com o secretário de Educação, Alan Porto, mais de 1,1 mil câmeras serão instaladas somente na baixada cuiabana.
O secretário disse ainda que as Forças de Segurança anunciaram também um reforço das equipes policiais reforçadas que atenderão, especificamente as escolas públicas e particulares com rondas ostensivas.
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Ataques
No último dia 27, a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas após serem esfaqueadas por um aluno de 13 anos, na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste da capital paulista. O agressor, que estudava no oitavo ano na escola, foi desarmado por professoras e está internado em uma unidade da Fundação Casa.
Já na quarta-feira (4) ocorreu um ataque na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, no Vale do Itajaí. Quatro crianças morreram e cinco ficaram feridas. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos de idade.
Operação Escola Segura
Na última semana, a Polícia Civil de Mato Grosso participou de uma reunião com integrantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) para discutir as ações da Operação Escola Segura, que envolve atuação integrada de diversos ministérios do Governo Federal, como Segurança Pública e Educação.
Um dos pontos de destaque da reunião foi a necessidade de ampliação do diálogo com as plataformas responsáveis pelas redes sociais em atuação no Brasil. De acordo com os delegados presentes, a cooperação é fundamental para prevenir e reagir aos casos de violência nas escolas, bem como para identificar pessoas que incentivem ataques.
Autores de ameaças identificados e autuados em MT
Em Arenápolis, a Polícia Civil identificou um jovem de 18 anos que criou um perfil em rede social e postou mensagem fazendo ameaça à Escola Estadual João Ponce de Arruda. A Polícia Civil prendeu o rapaz em Várzea Grande, que foi ouvido na DRCI.
Em Ipiranga do Norte, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e unidades dos municípios, está atuando em conjunto visando identificar todas as contas de redes sociais que estão propagando informações sobre atentados em escolas.
Nessa segunda-feira (10), a Delegacia de Sorriso, com apoio da PM de Ipiranga do Norte, conseguiu deter um adolescente responsável pelas mensagens de ameaças contra uma escola do município. Ele vai responder a ato infracional.
Em Nova Xavantina, um adolescente publicou, em uma rede social, uma ameaça contra uma escola pública da cidade. Logo que foi acionada pela Delegacia do município, a equipe da DRCI fez as investigações que resultaram na identificação do autor. O adolescente foi localizado e encaminhado à unidade policial para esclarecimentos. Ouvido pelo delegado Raphael Diniz, o adolescente disse que a postagem seria apenas uma ‘brincadeira’. A mãe do menor também foi ouvida.
