Segundo a decisão, Gilberto Cattani (PL) será substituído pelo deputado estadual Max Russi (PSB), que assume o comando do grupo de trabalho. O ato deve ser publicado no Diário Oficial do estado nesta terça-feira (13). Assessoria do parlamentar não quis comentar o caso.
Por Rogério Júnior, g1 MT
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União Brasil), afastou o deputado estadual, Gilberto Cattani (PL), da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Casa. O afastamento deve ser publicado no Diário Oficial do estado nesta terça-feira (13).
Segundo a decisão de Botelho, o parlamentar será substituído pelo deputado estadual Max Russi (PSB), que assume o comando do grupo de trabalho, e o deputado Elizeu Nascimento (PL), como suplente. O ato de substituição começa a valer a partir da publicação do texto.
A assessoria do parlamentar foi procurada pelo g1, que respondeu que não está sabendo dessa troca e que não irá comentar o caso.
Histórico polêmico
No fim de maio, a Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) informou que estuda medidas judiciais e administrativas contra Cattani, por causa de uma nova fala sobre a comparação da gravidez de mulheres e vacas.
O vídeo vazou de grupos privados de mensagens de aplicativos e repercutiu entre as autoridades.
A OAB-MT informou ainda que repudia de forma veemente a postura do parlamentar e que a conduta de Cattani não condiz com a função que ocupa como representante do povo.
Antes disso, porém, o parlamentar já havia proferido a primeira fala sobre o caso no dia 15 de maio durante um debate na Assembleia que instalou a frente parlamentar de combate ao aborto “Pró-Vida”, quando ele defendia a versão de que a vida existia desde o primeiro instante da gestação. Como exemplo desse raciocínio, ele comparou a gravidez de mulheres a vacas.
A denúncia da OAB foi recebida pelo Ministério Público do estado (MP-MT) e encaminhada para o Núcleo de Ações de Competência Originária, para análise sob perspectiva criminal. Uma cópia também foi enviada para a 25ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá.