Do: MidiaNews
Carlos Alberto Gomes Bezerra está preso desde o dia 18 de janeiro, quando cometeu o crime
A Justiça de Mato Grosso determinou que o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, filho do ex-deputado Carlos Bezerra (MDB), vá a júri popular. Ele é réu pelo assassinato da ex-namorada, a servidora pública Thays Machado, e do namorado dela, William Cesar Moreno.
O crime aconteceu no dia 18 de janeiro no Bairro Consil, em Cuiabá.
A decisão, desta quinta-feira (4), é da juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da Primeira Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher,
“Temos que da análise do conteúdo dos autos e do vasto conjunto probatório produzido até o presente momento reste demonstrado, de maneira satisfatória, a materialidade do fato e os indícios da autoria, a autorizar o acolhimento da denúncia e a necessidade de pronúncia do réu para que seja submetido a julgamento popular pelo Tribunal de Júri”, escreveu Ana Graziela.
Na decisão, a magistrada ainda manteve a prisão do empresário, que está detido desde a data do crime.
Carlos Alberto foi indiciado pelo homicídio com quatro qualificadoras, sendo elas motivo torpe, meio cruel e perigo comum, surpresa e impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio.
O empresário premeditou o crime e seguiu as vítimas até o edifício Solar Monet, onde a mãe de Thays mora, atingindo-as com vários disparos enquanto pediam um carro de aplicativo.
Segundo a magistrada, o crime teve motivação torpe, pelo empresário “não aceitar que a vítima Thays não o quisesse mais como namorado” e praticou o crime de forma “cruel e covarde”.
“Disparando contra ela diversas vezes enquanto estava exposta na calçada de costas para a rua, subtraindo dela a possibilidade de realizar qualquer gesto efetivo de defesa”, diz trecho do documento.
Enquanto Thays era alvejada, William tentou fugir, mas foi perseguido e atingido. Os disparos causaram a morte instantânea do rapaz por choque hipovolêmico e, segundo a magistrada demostram o dolo do crime.
“Ficando demonstrado o dolo direto e autônomo em relação a cada uma das vítimas e a ocorrência de motivo torpe já que sequer conhecia a vítima [Willian] que foi morta em razão de ter se envolvido amorosamente com a vítima Thays”, diz trecho.