Após demissão de Andrés, Marin deixa Corinthians na mão

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José Maria Marin, presidente da CBF, durante entrevista no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters )

GazetaPress

 
A menos de uma semana de embarcar, o cartola desiste de chefiar a delegação

“Queremos que o treinador e a equipe tenham a maior tranquilidade para o Mundial de Clubes, que o foco esteja voltado exclusivamente para esse título”, disse Marin na quinta
A poucos dias de embarcar rumo à disputa do Mundial de Clubes da Fifa, no Japão, o Corinthians ficou sem chefe de delegação para a jornada. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, já tinha confirmado sua presença, mas informou ao clube na quinta-feira que não será mais o ocupante da função. O cartola explicou ao clube que estará no Japão para o torneio no mês que vem, mas como membro da delegação da Fifa. Além de chefiar a CBF, Marin é o presidente do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo. A desistência de Marin aconteceu apenas um dia depois da demissão de Andrés Sanchez do cargo de diretor de seleções da CBF.
O ex-presidente do Corinthians saiu do cargo porque estava enfraquecido na posição e não foi consultado por Marin sobre a troca de comando na seleção brasileira (Mano Menezes, com quem Andrés tinha uma excelente relação, deu lugar a Luiz Felipe Scolari). Antes de chamar Marin, o Corinthians cogitou colocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na função. Lula, porém, informou que não poderia participar do Mundial e a diretoria decidiu então fazer o convite ao cartola. Com a recusa do dirigente, o cargo deverá ficar vago – o que não traria problema algum, já que a função é apenas simbólica. A semana foi conturbada para o presidente da CBF. Depois de anunciar a demissão de Mano, Marin viu Andrés se demitir expondo abertamente sua discordância com o cartola.
Na quinta, ele anunciou Felipão para o cargo, com Carlos Alberto Parreira como coordenador. E citou o Corinthians ao apresentar a nova comissão técnica, dizendo que um dos motivos para o anúncio antecipado – a CBF pretendia contratar o novo técnico só em janeiro – foi a vontade de não atrapalhar o Corinthians em seus preparativos para o Mundial de Clubes. O técnico Tite era um dos nomes cotados para a vaga. “Ele tornou realidade o grande sonho de milhões de corintianos, a conquista da Libertadores. Queremos que o treinador e a equipe tenham a maior tranquilidade para o Mundial de Clubes, que o foco esteja voltado exclusivamente para esse título. É também um reconhecimento ao presidente Mário Gobbi que a delegação viaje tranquila, concentrada totalmente nessa disputa em Tóquio”, afirmou o dirigente horas antes de cancelar sua presença na delegação do Mundial.

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