Segundo a Polícia Civil, a prima de 5 anos teria encontrado a arma, que tinha apenas uma munição, e atirou acidentalmente.
Por Thiago Andrade e Caroline Mesquita, g1 MT e TV Centro América

Eloá Victória Silva Oliveira, de 2 anos, que morreu com um tiro acidental no Bairro Santa Cruz II, em Cuiabá, brincava com a prima de 5 anos quando encontraram a arma, segundo o delegado Olímpio Fernandes, que está investigando o caso. A vítima é filha de um policial militar e a prima teria encontrado a arma em um fundo falso de uma mesa de cabeceira.
A menina de 2 anos foi atingida por um tiro acidental disparado pela prima dela. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e encaminhou a criança ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com o delegado, a arma estava guardada ao lado da cama do pai da vítima.
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O delegado disse ainda que foi disparado apenas um tiro, o único que estava carregado, e o responsável responderá por omissão de cautela.
“Criança a gente sabe que é muito curiosa, então pode ter tido a procura de alguma coisa e, por acaso, ter encontrado. A arma é particular, o proprietário é um policial e é habilitado. Consta que ele tinha muito cuidado com a guarda da arma”, disse.
O delegado Marcel Gomes de Oliveira disse que a prima de 5 anos não tem qualquer possibilidade de sofrer algum tipo de medida socioeducativa.
“Do ponto de vista jurídico, ela não tem possibilidade de sofrer qualquer tipo de medida socioeducativa. O próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que ela deve ser submetida a medidas protetivas por conta da idade. A gente tem vítima de 2 anos, mas também uma vítima psicológica, porque uma criança de 5 anos ver sua prima no chão caída, morta, o abalo com certeza vai ser para o resto da vida”, pontuou.
Em nota, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de MT (ACS-PMBM/MT) lamentou e se solidarizou com a família do associado 2⁰ sargento Elienay Pinheiro pela perda da filha.
A equipe da ACS informou que já foi acionado o auxílio funeral, que dará o suporte necessário, bem como está disponibilizado o apoio jurídico e psicológico para o associado e família.
O comandante-geral da PM, Alexandre Mendes, declarou que, como profissionais, sabem da necessidade de ter cautela quanto à guarda e manuseio de armas de fogo, especialmente dentro de casa.
Ele afirmou que todo pré-julgamento ou politização do caso quanto ao debate do desarmamento, carece da devida investigação já iniciada e, por isso, impede qualquer palavra final agora.