Oito pessoas são indiciadas por morte de Maranhenses em Cuiabá

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Por g1 MT
Vítimas se mudaram para a capital em busca de trabalho. — Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil indiciou oito pessoas por participação na morte de quatro maranhenses que desapareceram em 02 de maio de 2021, em Cuiabá. Segundo a polícia, eles devem responder pelos crimes de sequestros e homicídios qualificados, ocultação de cadáver e integração de organização criminosa. Uma pessoa foi indiciada por falso testemunho e responde em liberdade.

Tiago Araújo, de 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, de 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, de 20 anos e Clemilton Barros Paixão, de 20 anos, eram do Maranhão e vieram para capital em busca de trabalho.

Segundo o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, Caio Albuquerque, as vítimas foram atraídas por uma mulher até o local do sequestro.

No dia 24 de janeiro, a Polícia Civil cumpriu, durante a Operação Kalýpto, 18 mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de uma facção criminosa, que determinou um “tribunal do crime” porque julgaram que as quatro vítimas pertenciam a outra facção e, desta forma, resolveram assassinar os jovens – dois irmãos, um cunhado e um amigo.

Operação Kalýpto contra grupo criminoso investigado pelo sequestro seguido de homicídio e ocultação de cadáver de quatro vítimas.  — Foto: Polícia Civil
Operação Kalýpto contra grupo criminoso investigado pelo sequestro seguido de homicídio e ocultação de cadáver de quatro vítimas. — Foto: Polícia Civil
Desaparecimento

Segundo a polícia, os quatro desapareceram há quase dois anos, de um conjunto de quitinetes onde moravam, no Bairro Jardim Renascer, na Capital. Tiago e Geraldo eram irmãos, Clemilton era cunhado deles, e Paulo era amigo dos três.

No dia seguinte, familiares de duas vítimas procuraram a Polícia Civil e registraram um boletim pelo desaparecimento. Quatro dias após o desaparecimento, a equipe recebeu informações de que um morador do Jardim Renascer estaria envolvido no desaparecimento das vítimas.

Mortes

A investigação da DHPP apurou que as vítimas foram decapitadas, tiveram dedos amputados e, um do dos homens, foi atingido por um disparo no peito. Outras duas foram mortas com tiros na nuca.

Os suspeitos devem responder por homicídio triplamente qualificado – impossibilidade de defesa, motivo torpe e meio cruel – além de ocultação de cadáver, sequestro e integração de organização criminosa.

A DHPP realizou buscas para descobrir a localização dos corpos das vítimas, que até o momento estão desaparecidos.

“Ao se tratar de crimes praticados por integrantes de organização criminosa, a busca do maior e melhor suporte informativo é necessária para esclarecer quem são os autores e como agiram, assim como localizar os corpos”, destacou o delegado Caio Fernando.

Familiares coagidos

Além de condenar as quatro vítimas a um tribunal da facção, os integrantes da organização criminosa responsáveis pelas mortes, também coagiram familiares das vítimas, que foram obrigados a ir embora de Cuiabá.