Carlos Alberto Gomes Bezerra matou a tiros Thays Machado e Willian Machado, na quarta-feira (18). A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão nesta segunda-feira (23).
Por Ianara Garcia, TV Centro América
As provas encontradas na casa de Carlos Alberto Gomes Bezerra, filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), acusado de assassinar a tiros um casal, reforçam a suspeita de que ele tenha premeditado o crime, segundo o delegado Marcel Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). Após cumprir mandado de busca e apreensão nesta segunda-feira (23), a polícia encontrou gravadores que monitoravam os passos da vítima Thays Machado, ex mulher do acusado.
Na casa, o delegado contou que foram encontrados dois cofres, gravadores e diversas provas de que ele mantinha uma rotina de perseguição contra a vítima.
A defesa informou que Carlos estava emocionalmente abalado. Ao g1, o advogado disse que irá aguardar o andamento do processo para se manifestar sobre o caso.
O acusado foi preso horas após cometer o crime, na quarta-feira (18). Ele passou por audiência de custódia, onde teve a prisão em flagrante convertida para preventiva e foi encaminhado para uma cela separada na Penitenciária Central do Estado (PCE), na capital. Carlos confessou ter cometido o crime.
Conforme a decisão da juíza na mudança da medida, as provas até então produzidas no processo revelam a tentativa de Bezerra de escapar da aplicação da lei penal.
Crime
Thays, de 44 anos, e Willian Machado, de 30 anos, foram assassinados, no fim da tarde de quarta-feira (18), em Cuiabá, com três tiros cada. Ela já tinha feito um boletim de ocorrência contra ele e, de acordo com a polícia, o crime aconteceu quando ela estava no prédio para devolver o carro que havia emprestado da mãe para buscar o namorado no aeroporto.
Câmeras de segurança registraram as vítimas caminhando juntas momentos antes de serem assassinadas.
De acordo com o delegado Marcel, o acusado premeditou o assassinato e agiu por ciúmes, sendo motivado pela “emoção de vê-la se relacionando com outro homem”.
De acordo com o delegado, familiares de Thays foram ouvidos e afirmaram que o suspeito era “extremamente ciumento e possessivo”. Ele e a vítima mantinham um relacionamento há alguns anos, entre idas e vindas. O término mais recente ocorreu há cerca de 45 dias e ela estava com o novo namorado há menos de um mês.