Mauro Mendes repudia terrorismo por bolsonaristas em Brasília: ‘Livre manifestação é direito, desde que respeite a Constituição’

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Por g1 MT
Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) se manifestou na noite deste domingo (8) sobre os atentados terroristas registrados em Brasília por bolsonaristas. Ele lamentou e repúdio o que classificou como “atos de vandalismo”.

“A livre manifestação é um direito constituicional, desde que exercida com respeito às leis e à Constituição”, disse em nota.

Extremistas invadiram durante a tarde o Congresso Nacional, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal, onde, além de atentar contra a democracia brasileira, destruíram patrimônio público. Terroristas foram presos pelas forças de segurança e o Governo Lula decretou a intervanção federal na segurança do Distrito Federal.

Mauro Mendes também informou que as forças de segurança estaduais estão mobilizadas e “não irão tolerar atos semelhantes ou bloqueios de rodovias. Qualquer obstrução será coibida com rigos e imposta todas as sanços legais.

Até a noite deste domingo (8), a Polícia Rodoviária Federal identificou três pontos de bloqueios na BR-163: no km 816, em Sinop; no km 689, em Lucas do Rio Verde. Manifestantes golpistas haviam fechado outros dois pontos da rodovia, que foram liberados durante a tarde pelas equipes.

Além do governador, outras autoridades de Mato Grosso repudiaram a ação dos vândalos golpistas na capital federal. Entre eles, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o senador Wellington Fagundes (PL).

Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro fez publicação contra atos terroristas em rede social.  — Foto: Reprodução
Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro fez publicação contra atos terroristas em rede social. — Foto: Reprodução
O que aconteceu:
  • Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso e STF.
  • O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana. Mensagens mostram que atos foram planejados
  • Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. A polícia foi criticada e acusada de omissão
  • Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído.
  • Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão do bolsonarista Anderson Torres, que respondia pela segurança em Brasília
Retomada do movimento golpista
Forças de segurança realizam operação na BR-163 — Foto: Secretaria de Estado de Segurança Pública
Forças de segurança realizam operação na BR-163 — Foto: Secretaria de Estado de Segurança Pública

Mato Grosso não registrava bloqueios em rodovias federais desde novembro. No momento com maior número de atos golpistas no estado, mais de 30 pontos foram fechados por pessoas insatisfeitas com o resultado das eleições e que, por isso, pedem intervenção militar – o que é crime.

Durante os atos, a PRF apreendeu explosivos, identificou tentativas de derrubas pontes e registrou o ataque a uma base da concessionária, entre outros crimes.

Participações em Brasília
Veículos foram estacionados em área próxima ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU), no Eixo Monumental. — Foto: Polícia Civil/Reprodução
Veículos foram estacionados em área próxima ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU), no Eixo Monumental. — Foto: Polícia Civil/Reprodução

Relatório da Polícia Civil do Distrito Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontou que dos 116 caminhões que participaram de atos antidemocráticos em novembro em Brasília, principalmente nas proximidades do Quartel General do Exército Brasileiro, 50 veículos eram de Mato Grosso.

Os caminhões estão registrados no CNPJ de empresas que figuram entre as 43 pessoas jurídicas e físicas que tiveram as contas bloqueadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, por suspeita de financiar e organizar as manifestações em Brasília e no estado.

Das 28 empresas mato-grossenses listadas, 14 tiveram o bloqueio financeiro determinado. Entre elas, cinco fizeram doações à campanha da para reeleição de Jair Bolsonaro (PL).