Anderson Ramos da Cruz, de Rondonópolis, foi preso nesta quarta (25) durante a Operação Armadillo, que cumpriu 21 mandados em Cuiabá, Rondonópolis, Bahia e Piauí; a reportagem tenta contato com a defesa do engenheiro.
Por g1 MT

O engenheiro Anderson Ramos da Cruz, de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, está entre os presos na Operação Armadillo, deflagrada nesta quarta-feira (25) pela Polícia Civil para cumprir 21 mandados contra suspeitos de participar da escavação de um túnel de 30 metros de extensão em sentido à Penitenciária Central do Estado (PCE). A ação foi realizada por meio da Gerência de Combate (GCCO).
A reportagem tenta contato com a defesa do engenheiro.
Segundo a polícia, na operação, foram cumpridos oito mandados de prisão, 12 de busca e apreensão, e um de sequestro de bens, em Cuiabá, Rondonópolis, Bahia e Piauí.
A polícia investiga se Anderson seria o responsável pela estrutura do túnel, que já tinha quase 40 metros de extensão. Entre a casa e o presídio, há uma distância de aproximadamente 260 metros.
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Os alvos da operação são os responsáveis pela logística do plano de escavação do túnel, desde o recrutamento dos trabalhadores até a execução. Entre os alvos está o marido da proprietária do imóvel onde a passagem era construída. A mulher dele ainda está foragida.
Em setembro do ano passado, 12 pessoas – entre elas, três adolescentes – foram detidas por trabalhar na construção da passagem.
As investigações também apontaram que uma simulação de venda do imóvel foi realizada para iniciar a construção do túnel.
O Crime
A passagem foi aberta dentro de uma residência no Bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, e foi localizada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) a partir de uma denúncia anônima.
Segundo o delegado Vitor Hugo Bruzulato, o grupo atuava há aproximadamente um mês no local, desde que alugaram a residência. Da casa até a penitenciária, são cerca de 260 metros.
“Eles estavam silenciosos e, aparentemente, a vizinhança não desconfiava de nada. A princípio, eles serão indiciados por fazerem parte de uma organização criminosa”, disse.