Do: Olhar Direto

Publicitária e dona de uma agência de comunicação em Cuiabá, Simone Aparecida Tosato aparece na lista das 119 mulheres presas após a invasão que destruiu as sedes do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), no domingo (8), em Brasília (DF). Simone segue detida na Penitenciária Feminina do Distrito Federal.
Assim como a empresária, a militante bolsonarista Alessandra Faria Rondon, natural de Cuiabá, também integra a lista de presas. De acordo com o Facebook de Alessandra, atualmente ela mora em Vitória da Conquista (BA) com o marido e os filhos.
Alessandra filmou a si mesma invadindo o plenário do Senado Federal na tarde desse domingo (8). Alessandra aparece sentada na cadeira do senador licenciado Carlos Fávaro (PSD), escolhido pelo presidente Lula (PT) para comandar o Ministério da Agricultura (MAPA).
A extremista chama o político de “traidor da pátria de Mato Grosso” e estende o xingamento para os demais senadores do Estado, Wellington Fagundes (PL) e Jayme Campos (União).
“Eu só saio daqui quando os traidores da pátria estiverem presos”, disse minutos antes de ser obrigada a deixar a sede do Senado.
Assim como Alessandra, Simone transformou as próprias redes sociais em espaço de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. A empresária participou de carreatas e viajou para a Brasília, onde filmou os apoiadores de Bolsonaro participando de um acampamento.
O Olhar Direto falou com o filho de Simone que, no Instagram, afirmou que a mãe foi usada como “massa de manobra” e viajou para Brasília em uma caranava organizada por uma amiga.
No entanto, o jovem afirmou que não vai comentar a prisão da mãe “em respeito às famílias dos alienados que estão presos em Brasília”.
No Facebook, a maior parte das publicações de Alessandra são na defesa de Bolsonaro. Na noite de sábado (8), a cuiabana escreveu: “Brasília vai parar. Vamos ensinar o que é PERDEU MANÉ”. A foto de um cartaz pedindo “faxina geral nos 3 Poderes” também foi publicada por Alessandra.
A expressão “terrorista” tem sido usada pelo Poder Judiciário, em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), e pelo presidente Lula, eleito democraticamente para o terceiro mandato em outubro do ano passado.