Mais de 150 mil cartas e encomendas ficam paradas durante greve dos carteiros em Várzea Grande (MT)

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Por g1 MT
Pessoas buscam por correspondências no CDD de Várzea Grande — Foto: Reprodução

Mais de 150 mil cartas e encomendas ficaram paradas durante a greve dos carteiros em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Trabalhadores paralisaram as atividades nos Correios no dia 15 do mês passado depois de serem proibidos de fazer a entrega das cartas com bicicletas.

O Correios contratou empresas terceirizadas para acelerar as entregas das correspondências e encomendas no município.

As informações foram divulgadas pelo Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT).

Os carteiros que atuam no Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (11) após quase um mês de greve.

O movimento grevista disse que o objetivo maior da categoria era denunciar as irregularidades no local. A instituição informou que foi formalizada uma denúncia na Polícia Federal (PF) com pedido de investigação.

O movimento grevista começou após a empresa retirar sete carteiros da entrega de cartas da rua. Segundo o sindicato, a interrupção do serviço com bicicleta faz parte do chamado projeto de padronização do processo produtivo, que traz sob o discurso de “revitalização” e cortes orçamentários.

Ao todo, 23 carteiros aderiram à greve na unidade, sendo os sete da bicicleta impedidos de sair para fazer a entrega, 13 motoqueiros que afirmam ter ficado sobrecarregados com as entregas e outros três internos.

No primeiro dia da greve, foi lançada uma carta aberta à população de Várzea Grande para alertar que cartas, encomendas, Sedex e outros documentos estavam amontoados no Centro de Distribuição por causa da restrição de entrega da empresa.

Na semana passada, os trabalhadores ocuparam a unidade de Várzea Grande e passaram a entregar as encomendas no local.