Justiça Federal concede liberdade a ex-gerente da Caixa Econômica acusado de desviar R$ 2,5 milhões

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Do: Olhar Direto
Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

A defesa do ex-gerente da Caixa Econômica Federal, Arthur Timo de Sá, preso na Operação Abusu Fiducia por um suposto desvio de aproximadamente R$ 2,5 milhões, conseguiu revogar a prisão preventiva que havia sido decretada em seu desfavor, pelo juízo da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso.

De acordo com a investigações da Polícia Federal, que resultou na prisão, o ex-gerente criava contas bancárias falsas, incluía outras pessoas em contas de empresas e simulava diversos empréstimos. Após, o dinheiro era movimentado entres diversas contas até chegar em sua própria conta bancária.

Porém, a defesa técnica de Arthur, patrocinada pelo advogado criminalista Felipe Maia Broeto, demonstrou, liminarmente, em sede “habeas corpus” impetrado Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), a desnecessidade da prisão preventiva, que deve figurar como última medida de cautela num processo penal democrático, orientado pelo princípio do estado de inocência.

Ainda de acordo com o especialista em direito penal econômico, as supostas práticas delitivas estavam relacionadas à função que Arthur exercia enquanto gerente de pessoas jurídicas na CEF, razão por que, com o pedido de demissão do cargo e o transcurso de meses fora da função, a hipótese de reiteração delitiva resulta nula no atual cenário, dado o desaparecimento da ingerência fática de que dispunha no âmbito da estrutura organizacional da empresa pública.

Com a decisão, o ex-gerente responderá ao processo em liberdade. Conforme as investigações da Polícia Federal, Arthur operou o esquema de janeiro de 2020 até dezembro de 2021. O investigado trabalhava em uma agência de Várzea Grande.