Dono de academia é preso em operação suspeito de vender drogas sintéticas em Cuiabá

142 0
Por g1 MT
Empresário Luiz Fernando Kormann tem 18 mil seguidores em suas redes sociais — Foto: Reprodução

O empresário Luiz Fernando Kormann, de 32 anos, foi preso na operação Doce Amargo, deflagrada nesta quarta-feira (24), pela Polícia Civil, em Cuiabá. O empresário é dono de uma academia localizada no bairro Parque Cuiabá, na capital.

De acordo com a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), os investigados atuavam na venda de ecstasy, MDMA, LSD, conhecidos popularmente como ‘bala’, ‘roda’ e ‘doce’, além de outras substâncias como ‘loló’, lança-perfume ou clorofórmio.

Luiz Fernando foi preso em casa, em flagrante, porque com ele foram encontradas drogas.

g1 não havia obtido retorno da defesa do empresário até a publicação desta reportagem.

O empresário possui 18 mil seguidores no Facebook e Instagram. Foram realizadas buscas também na academia do empresário.

Luiz Fernando Kormann foi preso nesta quinta-feira em Cuiabá — Foto: Reprodução
Luiz Fernando Kormann foi preso nesta quinta-feira em Cuiabá — Foto: Reprodução

A DRE cumpriu nove mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária.

Segundo a Polícia Civil, ao todo foram 17 ordens judiciais contra uma associação criminosa voltada ao comércio de drogas sintéticas na região metropolitana.

As investigações que culminaram na operação iniciaram em dezembro de 2021, com informações de traficância que levaram a DRE a prender um dos investigados em flagrante, na posse de cocaína, arma de fogo, munições, bloqueadores de sinais e outros materiais.

Com a prisão do suspeito, as investigações se aprofundaram e um novo inquérito policial foi instaurado para apurar crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Nas análises realizadas pela delegacia, foi possível identificar, até então, mais sete possíveis traficantes relacionados a drogas sintéticas, todos com algum vínculo com o primeiro investigado.

Ainda durante as investigações, foram tratativas que os investigados mantinham, negociando compra e venda de drogas sintéticas. Os investigados foram acompanhados, sendo realizadas análises de das interações sociais, o que baseou o relatório policial que subsidiou a representação pelas ordens judiciais.

A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) deflagrou a Operação Doce Amargo — Foto: PJC/MT
A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) deflagrou a Operação Doce Amargo — Foto: PJC/MT

Os alvos presos temporariamente na operação serão interrogados no inquérito policial, e também será analisado todo o material apreendido durante o cumprimento dos mandados.

As prisões temporárias tem prazo de 30 dias, podendo ser prorrogadas por igual período ou convertidas em preventiva com base na continuidade das investigações.

Nome da operação

A palavra ‘doce’ faz referência à forma como as drogas são conhecidas por este mercado consumidor. Já o termo ‘amargo’ faz alusão à situação dos envolvidos se veem atingidos pela repressão estatal diante de crime repudiado pela sociedade.

A operação conta com apoio das equipes das unidades de Diretoria de Atividades Especiais (DAE): Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), Delegacia Especializada de Polinter e Capturas e Gerência de Operações Especiais (GOE) e também de unidades da Diretoria Metropolitana: Delegacias Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá e de Várzea Grande, Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA) e Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).