Caso Mirella Fernanda: bebê de 1 ano morreu com sinais de abusos; mãe e padrasto são os suspeitos

373 0
Policia abriu inquérito para investigar morte de menina de 1 ano com sinais de abuso
Com informações do Minuto Info e Folha da Região

O caso ocorrido na cidade de Penápolis, interior de São Paulo, nesta segunda (14), deixou toda a região revoltada com a situação da bebê Mirella Fernanda de apenas 1 ano. A criança deu entrada no pronto-socorro da cidade durante a tarde de segunda-feira.

Segundo o boletim de ocorrência que foi lavrado, a bebê já chegou no local com rigidez cadavérica, indicando que a morte não tenha ocorrido naquele momento. Além disso, no corpo da bebê haviam inúmeras marcas roxas e também dilaceração do ânus.

A médica do pronto-socorro que estava de plantão no momento que bebê chegou, percebeu os sinais de violência acionou a Polícia Militar para ficarem cientes da situação.

Assim que a polícia chegou ao pronto-socorro questionaram a mãe e o padrasto da criança. Eles alegaram que colocaram a bebê para dormir no domingo(13) e só perceberam que a menina estava morta no dia seguinte.

Logo após uma rápida entrevista a polícia entrou em contado com o Conselho Tutelar da cidade e acabaram descobrindo que já haviam várias denúncias de maus-tratos à pequena Mirella Fernanda.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso e está aguardando o laudo pericial.

A população de Penápolis se revoltou e foi à rua, numa manifestação, pedindo justiça pela morte da criança.

Na terça-feira (15), um áudio passou a circular via Whatsapp, em que uma mulher afirma ter saído o laudo necroscópico da vítima, confirmando o abuso e reforçando a revolta da população. O Delegado Eugênio, negou essa informação.

“Ainda não tem laudo. O corpo foi enviado para Promissão, pois não havia pediatra para atender em Penápolis, do mesmo modo que o caso foi mandado para o IML de Araçatuba, já que aqui não tem. O laudo demora pelo menos uns 30 dias para sair, pois ainda será enviado a São Paulo”, afirmou o delegado.

De acordo com ele, o procedimento da investigação foi cumprido dentro das condições jurídicas possíveis no momento. “Ontem a médica ligou falando que havia uma criança morta, eu intimei todos e eles prestaram depoimento. Ouvi todo mundo que tinha que ouvir”.

Eugênio explica que não houve voz de prisão, pois não havia embasamento jurídico necessário para tal. “O casal foi ouvido e liberado. Como que um delegado faz um flagrante sem laudo? Além disso, quem determina a prisão é o juiz, o delegado apenas repõe. Isso não descarta nada. Mas também não posso fazer muito sem laudo”, relata. O delegado também negou a existência de outras denúncias ao conselho tutelar, envolvendo violência ou abuso relacionado à vítima.