Farmacêutica que levou 3 tiros de jornalista em MT tem alta após uma semana internada

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Por G1 MT

A farmacêutica Nadia Vilela, de 33 anos, baleada pelo ex-namorado, o jornalista e empresário José Marcondes, o Muvuca, recebeu alta médica nesta segunda-feira (5) e continuará se recuperando em casa. Ela estava trabalhando em sua farmácia, em Tangará da Serra (MT), quando o homem foi até o local e atirou contra ela no dia 28 de junho.

Nadia estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de Tangará após passar por três cirurgias: na mão, atingida quando ela tentou se defender; no tórax; no ombro; e na boca – locais onde projéteis ficaram alojados.

De acordo com os médicos, Nadia ainda deve passar por outra cirurgia na mão.

Após atirar em Nadia, Muvuca disparou contra si mesmo. Socorrido com vida, ele chegou a passar por uma cirurgia, mas morreu horas depois. Ele foi enterrado em Cuiabá. Segundo as investigações, Muvuca não aceitava o fim do relacionamento.

O crime

O crime ocorreu na última segunda-feira (28) e foi registrado como tentativa de feminicídio.

Imagens das câmeras de segurança da farmácia de Nadia mostram que ele chegou até o local usando casaco e boné. Após conversarem, os dois foram para o escritório da farmácia, que fica nos fundos do local. Após o que parece ser uma discussão, Muvuca atira em Nadia, que foge correndo

Ferida, a farmacêutica sai correndo do estabelecimento e recebe ajuda de pessoas que passavam pelo local.

O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Tangará da Serra.

Investigação

A investigação da tentativa de feminicídio aponta que o crime foi premeditado. Além das circunstâncias, a polícia investiga novas imagens que surgiram e mostram o jornalista manuseando uma arma, aparentemente recém comprada.

No vídeo de cerca de 45 segundos, o jornalista apresenta a arma, que ele aparentemente acabou de comprar. A pistola está sem munição e, nas imagens, ele demonstra com movimentos precisos como se faz o carregamento e o destravamento necessários para efetuar um disparo.

De acordo com a delegada Liliane Diogo, a polícia presume que ele premeditou o crime, pois o jornalista procurou a vítima no seu local de trabalho já com a arma de fogo e insistiu para que ficasse sozinho com ela no local.

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