Fitch ameaça rebaixar nota se EUA não aumentarem teto da dívida

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Congresso americano precisa decidir até o final de fevereiro questão da dívida pública (Karen Bleier/AFP)
Congresso americano precisa decidir até o final de fevereiro questão da dívida pública (Karen Bleier/AFP)

AFP

 
Contudo, agência julga como muito fraca a possibilidade do país deixar de pagar suas dívidas. Teto da dívida hoje é de US$ 16,4 trilhões

A agência de classificação de risco de crédito Fitch ameaçou nesta terça-feira baixar a nota de crédito dos Estados Unidos se não houver um acordo no Congresso para aumentar o teto da dívida pública do país. Os EUA têm a melhor classificação (AAA) de risco, o que faz a economia do país ser considerada a mais confiável.
“O fracasso na hora de aumentar o teto da dívida em seu devido tempo provocará um exame formal das classificações soberanas dos Estados Unidos”, adverte a Fitch.
A agência considera, no entanto, que a possibilidade de que a maior economia mundial deixe de pagar suas dívidas é “extremamente fraca”. Atualmente, o limite legal da dívida americana é de 16,4 trilhões de dólares, um valor que será alcançado no fim de fevereiro.
No Congresso, democratas e republicanos mantêm duras discussões em torno do aumento desse teto. Na segunda-feira, o presidente Barack Obama e o líder do Federal Reserve (banco central americano), Ben Bernanke, insistiram na necessidade de um acordo para que o país possa cumprir seus pagamentos pendentes.
Entre eles encontram-se os pagamentos da segurança social, os subsídios dos veteranos de guerra, os salários de militares e dos controladores aéreos, além dos contratos com pequenas empresas.
No primeiro dia do ano, republicanos e democratas conseguiram aprovar um plano emergencial para postergar a decisão sobre a dívida e evitar o chamado “abismo fiscal”, um amplo plano de corte de gastos públicos e aumento de impostos que entraria em vigor logo no início do ano e que colocaria a economia americana novamente em recessão, na opinião de especialistas.

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